O ovo virou uma grande polêmica alimentar. Há alguns anos, acabou sendo banido do nosso cardápio devido a muitas evidências de estudos que apontavam uma forte relação entre o seu consumo e o aumento das chances de desenvolvimento de doenças cardíacas, apontando o aumento do colesterol como a principal causa.
Mas até que enfim, depois de muitas controvérsias, as pesquisas têm demonstrado o contrário de tudo o que, durante anos, assombrou os amantes de ovos!
O ovo é um dos alimentos mais maravilhosos que podemos ingerir. Vamos partir da ideia de que do ovo nasce um ser completo, então podemos dizer que ele é rico em micro e macro nutrientes, fundamentais para a criação.
Nutricionalmente falando, o ovo é hoje considerado um alimento completo e ideal para o nosso consumo, já que reúne vitaminas e minerais auxiliares da homeostase do organismo, além de ser uma rica fonte de vitamina E ( poderoso antioxidante para a pele e coração) D, K, A (betacaroteno) e do complexo B (que participam de várias reações energéticas no nosso organismo) , além de carotenoides, que colaboram na prevenção de doenças degenerativas. Também é rico em minerais, como ferro, fósforo, selênio e zinco, fornecendo aminoácidos essenciais, por ser proteína animal. O valor nutricional de sua proteína pode ser comparado ao do leite materno.
Constituído, em maior porção pela clara (60% do peso do ovo), que é rica em água e proteínas, e principalmente de albumina o ovo também tem a gema, que é responsável por 30-32% do total do seu peso, também sendo formada por água, proteínas e lipídios. A casca do ovo representa os restantes 10% de seu peso total.
Durante muito tempo, a gema foi responsabilizada pelo aumento do colesterol. Hoje, essa visão foi ultrapassada, pois sabemos que o colesterol presente no ovo pode ser metabolizado de maneira boa pelo nosso corpo.
Rico em colesterol e pobre em gordura saturada, o ovo não pode ser responsabilizado por causar doenças cardiovasculares. Uma das descobertas mais importantes, apresentada em um trabalho realizado pela Universidade de Kansas (EUA), foi a de que apenas uma pequena parcela do colesterol sanguíneo provém da dieta e a maior parte é produzida pelo próprio organismo. E o ovo possui uma substância (fosfolipídeo) capaz de interferir na absorção do colesterol, impedindo sua captação pelo intestino, que é o responsável por levar tal substância para o sangue. Portanto, aumentar a ingestão de colesterol não provoca necessariamente elevação importante em seus níveis.
De acordo com as novas conclusões científicas, o ovo tem sido indicado como auxiliar da saúde do coração, pois a substancia lectina, encontrada na gema, é responsável por dificultar a absorção de colesterol pelo intestino. Com tantos benefícios e praticidade no seu consumo, o delicioso ovo volta à mesa com toda a segurança.
Como em todo alimento, o importante é sempre dosar a quantidade e a maneira de ser preparado, evitando-se as frituras, pois o ovo cozido é sempre a melhor opção.