Penso que o Dia Internacional da Mulher é uma oportunidade para reflexão sobre a condição feminina em vários aspectos, e um dos mais importantes é o profissional. As mulheres tem aumentado sua participação no mercado de trabalho, mas é inegável que existem distorções no tratamento que recebem. E ainda tem o impacto que o trabalho provoca na vida pessoal e familiar, afinal, conciliar tantas tarefas diferentes não é nada fácil. Esse é um problema que os homens desconhecem porque eles não conseguem (não sabem e nem querem aprender) fazer duas coisas importantes ao mesmo tempo; já as mulheres são múltiplas, se desdobram, resolvem e fazem acontecer. E a sociedade ainda cobra que elas tenham tempo, cabeça e disposição para estar com o corpo em dia, lindas, cheirosas e no salto ! Sim, nós merecemos uma data oficial, mas acima de tudo, queremos reconhecimento também nos outros 364 dias do ano. Eu convidei três profissionais super competentes e que admiro, para falarem sobre o tratamento diferenciado que é dado à homens e mulheres no mercado de trabalho. Eu desejo à você que acompanha o blog, um feliz Dia Internacional da Mulher, e desejo principalmente que você não abra mão da sua felicidade, nem por nada, nem por ninguém, nunca.
“Acredito que já avançamos bastante na busca pela igualdade de direitos. Mas ainda temos um árduo caminho a percorrer. É comum vermos homens com o mesmo cargo das colegas mulheres ganhando salários maiores. Ou profissionais do sexo feminino sofrendo preconceito ou perdendo oportunidades de promoções ou de novas colocações porque decidem ser (ou já são) mães, por exemplo. Ainda estamos distantes da equiparação. Por outro lado, é fato que boa parcela do mercado já reconhece a contribuição de características essencialmente femininas como muito relevantes para o sucesso de equipes, projetos e empresas. Mas ainda precisamos estar atentas para que a desigualdade não diminua o nosso valor.”
Patricia Sanches
Jornalista Editora Alto Astral
“Mesmo com os avanços obtidos pelas mulheres nos últimos anos, ainda prevalece uma desigualdade entre os gêneros. É fato que conquistamos espaços importantes em relação aos homens. Hoje pilotamos aviões, comandamos tropas e administramos empresas, entre outras competências… Porém, acredito que a inserção da mulher no mundo do trabalho ainda vem sendo acompanhada por um elevado grau de descriminação, principalmente no que se refere a questão salarial e a qualidade das ocupações. Mas, procuro ser otimista: penso que um dia poderá haver mais compreensão em relação à capacidade das mulheres. Menos individualismo e mais trabalho em equipe. Menos competição e mais cooperação”.
Rosana Poli
Jornalista 94 FM
“Bom, em todos os meus trabalhos, eu nunca levei um ‘não’ assumido por eu ser mulher. Na verdade, sempre gostei de ter esse contraste e sempre tive a sorte de trabalhar ao lado de grandes homens. Como atualmente em que cuido de um projeto ao lado de um grande amigo, profissional e homem. E quer saber? Nunca tivemos problemas com isso! O respeito sempre houve dos dois lados. Mas, de vez em quando, acontecem algumas situações chatas – se não houve nenhuma situação totalmente velada, seja dentro do ambiente de trabalho ou fora, já aconteceram ‘indiretinhas’ que aprendi rebater com o próprio trabalho. Eu batalhei e estudei muito para fazer tudo o que faço hoje e, aí, admiração deles acaba vindo com o tempo. E vamos combinar: nada como o jogo de cintura feminino para lidar com qualquer situação, né”.
