Ficar em casa por escolha, sabendo que podemos ir e vir, é tão comum que muitas vezes não damos importância.
Mas, saber que temos que ficar em casa em isolamento preventivo e com uma sensação iminente de que algo pode acontecer não é uma situação confortável.
O que fazer com esse tempo em que temos que ficar em casa? Como lidar com os medos e ansiedades que surgem diante de uma pandemia?
Podemos sim aprender com esse isolamento, como lidar com as emoções, pois é nos momentos que mais exigem de nós, que percebemos o quanto podemos crescer emocionalmente.
O primeiro ponto a observar é o quanto sabemos lidar com a nossa própria companhia, com o tempo ócio e com a ausência de “liberdade”.
Estar consigo mesmo é a oportunidade de se conhecer, é um tempo para refletir, desenvolver seu potencial criativo para lidar com um período nunca antes vivido. É momento de aprender que “ficar sem fazer nada” também é relevante, pois num mundo que tanto cobra de nós, que muitas vezes gera ansiedades, aprender ficar no ócio é a oportunidade de crescimento.
É hora de ativar o “arquétipo do herói”, onde você começa a entender que sua atitude de ficar em casa é um gesto heroico que pode salvar muitas vidas. Ao darmos um significado a esse momento tão delicado conseguimos encontrar um horizonte. Cada um nesse tempo pode dar um sentido e ajudar a tirar o foco do medo, que gera ansiedade, e focar no aprendizado.
Ter uma postura de negação ou mesmo de pânico não favorecerá em nada neste tempo de isolamento. Essas duas respostas representam uma atitude diante do desconhecido. Acredito que re-significar possa ser um ponto de transformação para cada um. É tempo de ser mais humano, de ter mais amor, de descobrir o que realmente importa.
Por isso, use esse tempo para ter atos de proatividade, solidariedade e empatia. Ficar em casa em isolamento social não significa ficar depressivo pensando no que perdeu ou deixou de fazer, nem ficar ansioso pensando sobre o futuro.
Viva o seu presente e faça desse momento um cenário de grandes descobertas, seja de se auto conhecer ou de fazer o que gosta.
Leia, pinte, dance, assista a filmes, cozinhe, cuide do seu animalzinho de estimação, ouça músicas, enfim, seja criativo.
Não podemos abraçar e beijar, mas podemos nesse tempo difícil, expressar o quanto amamos as pessoas e que, devido a nossa rotina, esquecemos do quanto são importantes.
Somente entendendo o que vale a pena, vamos conseguir superar tudo isso com fé e esperança.
Sem dúvidas, sairemos mais sábios, fortes e nos importando com todos!
Artigo de Kátia Villanova – Psicóloga Esp. Junguiana